Comunicar por forma a obter mais daquilo que queres, mais vezes e com menos esforço pode requerer saber um pouco de “dança”.
Aprendi esta técnica há muitos anos com a própria Amy Carroll, autora do livro “O Tango do Ego” durante uma conferencia que participei sobre liderança feminina em Roma.
Desde então aplico no meu dia-a-dia e faz parte dos meus programas de mentoria.
Em qualquer tipo de interação pessoal ou profissional, é muito fácil ser apanhada pelo “Tango do Ego”, que é despoletado pelo “𝐉𝐨𝐠𝐨 𝐈𝐧𝐯𝐢𝐬𝐢́𝐯𝐞𝐥 𝐝𝐞 𝐏𝐨𝐝𝐞𝐫” ®.
Em quase todas as situações uma pessoa toma a liderança, por vezes negativa, e os outros seguem-na sem se aperceber mesmo que não tenham essa intenção.
Quando entramos nesse Jogo Invisível de Poder sem nos aperceber, aparecem as situações de stresse e de conflito que experimentamos na maior parte das vezes na comunicação.
Quando o teu ego é despoletado (sentes-te desrespeitada ou sob ameaça), a tua resposta automática (natural) será como a de uma “Presa” ou “Predadora” e provavelmente o resultado não será muito satisfatório.
Ao aprender a gerir a dinâmica do ego, começas a operar a partir da mentalidade de “Parceira”, estabelecendo uma sensação de respeito e segurança que te levam a obter mais daquilo que queres, mais vezes e com menos esforço.

Princípios básicos para gerir com mestria o Tango do Ego na comunicação:
Criar "Awareness": Tomar Consciência de que o nosso ego foi despoletado, deixando um sentimento de ameaça ou desrespeito
Identificar "Behaviours": Quais os comportamentos que me farão mais eficaz
Finalmente "Change": Muda a dança para experimentar um interação mais colaborativa e recompensadora
Como implementar isto?
Pensa na última vez que perdeste a compostura numa interação onde como resultado ficaste agitada, ansiosa ou na defensiva. Que pensaste na altura? Como te sentiste? Como notaste que o teu ego foi despoletado? Que palavras utilizaste?
Lembro-me uma vez após ter finalizado de dar uma palestra, uma pessoa aproximou-se no fim e disse que gostaria de me dar umas dicas para eu melhorar o meu discurso.
A minha primeira reação foi pensar, mas quem é esta pessoa que não conheço de lado nenhum para me dar concelhos? Felizmente, me apercebi que me estava a sentir na defensiva e que o meu ego tinha sido despoletado!
Uma das 7 técnicas que Amy Carroll utiliza para desenvolver mentalidade de Parceira é “𝐀𝐜𝐞𝐢𝐭𝐚𝐫 𝐚 𝐨𝐟𝐞𝐫𝐭𝐚” e assim o fiz, propus tomar um café a seguir e ao escutar o que me tinha a dizer me apercebi que de facto, essa nova perspetiva me abria um leque de possibilidades que ainda não tinha considerado e se transformou num projeto profissional com essa pessoa.
Esta técnica vem do teatro improvisado. Para uma cena avançar, os atores aceitam uns dos outros as suas ideias, sugestões, realidades e convites.

Resultados:
Se alguém rejeita a oferta, é como estar a rejeitar a outra pessoa. Em teatro improvisado, bloquear ou rejeitar um oferta pode matar a cena
Nas relações humanas não aceitar uma oferta pode causar uma quebra na comunicação
Apesar de o ser humano estar programado para viver em sociedade, trabalhando em conjunto para fazer as coisas acontecer, ainda tem a tendência de fazer este tipo de bloqueios, causando stress, frustração e conflito desnecessariamente.
Algumas das razoes pelas quais fazemos estes bloqueios são porque não nos apercebemos da oferta que está a ser feita, sentimento de desconforto, especialmente quando vem de alguém desconhecido (como aconteceu no meu caso) ou perceção de que ao aceitar poderá vir mais trabalho.
Outras vezes, é simplesmente porque dizer “não” dá uma sensação de controlo sobre algo ou alguém.
O que podemos aprender com isto:
Quantas vezes recusaste a oferta de alguém que se ofereceu para ajudar-te nalguma coisa? (em casa e no trabalho).
Sente a tua energia quando não estás disposta a RECEBER. Isto afeta impreterivelmente na tua capacidade de receber a remuneração apropriada pelo teu trabalho, no teu negócio e com os teus clientes.
Isso faz TODA a diferença!
Estar em modo de aceitar a oferta começa por coisas simples como:
Aceitar elogios: agradece e não tentes desculpar-te ou dizer que “não é nada”
Permitir que alguém carregue algo por ti
Permitir que te façam um favor
São pequenos passos que te levam a melhorar a tua comunicação por forma a obter mais daquilo que queres, mais vezes e com menos esforço.
Se precisas de ajuda para treinar estas competências, preenche este questionário de diagnóstico para perceber melhor as tuas necessidades e ver como te posso ajudar.