Deves começar por dar atenção às descompensações dentro da tua organização
Como funciona isso?
Nos sistemas humanos, as descompensações são o resultado da perceção do “dar e receber” mal entendida, quando não está equilibrada ou compensada por uns e outros. Nomeadamente quando:
- Uns acreditam que dão mais do que aquilo que recebem;
- Outros criam uma descompensação levando-a para o plano pessoal, o que deveria ser a partir do plano profissional (ex. as relações de amizade ou até familiares confundidas com a função que exerce no trabalho);
- Alguns pensam que deveriam fazer mais do que lhes corresponde para cobrir aquilo que um colega deveria fazer (e não faz).

Alguma destas situações te soa familiar?
Casos práticos dos sintomas que já ouvi em algumas intervenções que tenho realizado nas empresas, desde a perspetiva da administração:
“…em primeiro lugar importa que a equipa perceba que o cliente contacta os nossos serviços para ver o seu assunto resolvido, pelo que a preocupação deles deve ser sempre “resolver o assunto” em vez de o passarem para alguém. Nesse caso, nem o cliente fica satisfeito nem isso é eficiente para a empresa.”
“Mas para isso é preciso que exista uma disponibilidade mental e um sentimento de compromisso com a empresa por forma a ver em todos os atendimentos uma oportunidade para melhorar a relação com o cliente…”
“Era também fundamental que os colegas sentissem que o contato com o cliente é uma oportunidade para a empresa crescer. É um momento onde se pode transformar a relação com o cliente mais positiva…”
“…acima de tudo é preciso que a equipa “sinta” a empresa.”
Se isto ressoa contigo, continua a ler…
As relações profissionais estão repletas de descompensações que, na maior parte das vezes, se traduzem em relações de reivindicação ou de dívida emocional.
Em alguns casos específicos, chegam a tornar-se em problemas graves no relacionamento, quando atingem o padrão “explosivo” provocados por uma sequência de descompensações concatenadas.
Estes casos costumam acabar em processos de demissão ou despedimento por justa causa.

Então como se pode melhorar o desempenho neste ambito?
Vamos examinar como o coaching realmente afeta diferentes áreas:
- Há que deixar bem claro quais as petições e promessas feitas um ao outro (na maior parte das vezes, deixam-se “subentendidas”, o que pode ser extremamente perigoso, porque o que uma parte entende, não é necessariamente o que a outra interpreta).
- Há perfis de personalidade muito dados à relação descompensada, num sentido e noutro. Deve dar-se atenção aos padrões comportamentais…
- Há que saber colocar o saldo a “zero”, o que pode chegar a ser um grande desafio quando o outro precisa da descompensação para se legitimar.
Na tua organização, caberia interpretar se existem descompensações que possam estar a melindrar as dinâmicas relacionais.
Não se pode pensar no sucesso do negócio sem antes estar atento às “feridas” que precisam de ser saradas, para ter uma equipa coesa, disposta a “remar” na mesma direção.
Se precisas de ajuda neste assunto, envia-me mensagem privada. Terei muito gosto em fazer um diagnóstico da tua situação.
O propósito das minhas intervenções é melhorar o alinhamento entre o indivíduo, a equipa e a organização. A partir da disciplina sistémica entendemos que o alinhamento acontece quando há uma aprendizagem nestes três níveis:

Sabe mais sobre esta metodologia aqui.

Olá, eu sou a Esther Liska!
Especialista em Liderança Consciente e Empreendedorismo Feminino. Atuo com treinamentos corporativos, mentorias e coaching executivo. Autora do livro “Brilhar com confiança” e criadora do programa WEL | Women´s Executive Leadership.